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23 Segundos

16 de Maio a 09 de Junho de 2024 – Lisboa (Teatro Comuna)

 


Estreia 5ªf – 16 de Maio de 2024 às 21h
4ªf e 5ªf às 19h | 6ªf e Sábado às 21h | Domingo às 16h

 

15 de Junho de 2024 – 21h30 – Évora (Teatro Garcia de Resende)

 

Sinopse:

Cinco homens, presos políticos, conhecem-se numa cela comum da cadeia onde cumprem pena por atividades consideradas subversivas contra o Estado. Juntos, mesmo correndo o risco de serem descobertos e torturados, engendram um plano de fuga, com a cumplicidade da companheira de um deles: escavar um túnel com cerca de doze metros, entre a cela e a muralha exterior da prisão. Durante meses, com tarefas cumpridas de forma organizada, meticulosa e paciente, põem o plano em marcha, sempre atentos aos passos e às rotinas dos guardas. Sabem que, desde que ouvem a chave a entrar sonoramente na fechadura da porta do edifício até à ronda da sua cela, o guarda mais rápido demora 23 segundos. Apenas 23 segundos. É esse o tempo de que dispõem para disfarçarem o aparato da escavação e voltarem às camas, dando a ideia de total normalidade.

Tratando-se embora de ficção, a ação inspira-se numa situação verídica ocorrida na Cadeia do Forte de Peniche, na primeira metade dos anos 50, durante a ditadura do Estado Novo. Na peça, a data e o local não são precisados, porque o assunto é de todos os tempos e de todos os lugares em que houver pessoas inconformadas e dispostas a lutar pela democracia e pela liberdade.

Em 1972 tinha 29 anos quando arrisquei (arriscámos) formar a “COMUNA TEATRO DE PESQUISA”.

Já tinha feito RÁDIO desde os meus 10 anos – Madalena Patacho, etc.; TELEVISÃO desde as sessões experimentais na Feira Popular ao “Mar” de Miguel Torga, com Germana Tanger e realização de Rui Ferrão – sempre com o nome de JOÃO MANUEL.

Entro para o TEATRO NACIONAL, Companhia Amélia Rey Colaço – Robles Monteiro com 15 anos e passei a ser JOÃO MOTA.

Fui mobilizado para Angola em 1966 onde fiquei até 1968 (a minha mãe estava prestes a cegar).

Em 1970 ingressei no CENTRE INTERNATIONAL DE RECHERCHE THÉÂTRALE em Paris, depois mais 3 meses na Pérsia (IRÃO) sendo criado por PETER BROOK (com quem trabalhei sempre).

Em 1972 sou convidado para ser o Primeiro Professor da reforma do ENSINO ARTÍSTICO (VEIGA SIMÃO, MADALENA PERDIGÃO) criando-se a ESCOLA SUPERIOR DE TEATRO, passando, em 1973, para ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO PELA ARTE (Arquimedes da Silva Santos).

De 1972 a 1974 com a COMUNA criei as peças “Para onde Is?” (Gil Vicente), “Feliciano e as Batatas” (Catherine Dasté), “Brincadeiras” (a partir de improvisações), “Vamos para Maljukipi” (a partir de improvisações), “A Ceia” (texto colectivo de vários autores) sempre recusando subsídio do estado.

Quando chega o 25 de Abril tinha 29 anos de Fascismo e uma luta Antifascista através da CRIAÇÃO.

Em 2024 aos 81 anos, quando a COMUNA faz 52 anos e o 25 de Abril 50 anos, nada melhor que escolher um texto Português “23 Segundos” de Miguel Falcão que nos fala daqueles que lutaram sempre contra o Fascismo e são os seus heróis assim como os militares.

VIVA o 25 de Abril!

              VIVA O TEATRO!

              VIVA A VIDA!

(obrigado MÃE por me teres parido!!!)

Lisboa, 1 de Maio de 2024

(dia em que nasceu a COMUNA)

João Mota

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Ficha Artística / Técnica

Autoria:

Miguel Falcão

Direção:

João Mota

Assistente de Encenação:

Patrícia Neves

Interpretes/Personagens por ordem entrada:

Pedro| Hugo Franco

Manuel| Gonçalo Botelho

José| Paulo Lages

Inácio| Rogério Vale

Joaquim| Francisco Almeida

Chefe dos Guardas| Miguel Sermão

Guarda Santos| Carlos Catalão

Maria| Maria Ana Filipe

Desenho de Luz:

Paulo Graça

Técnicos de Montagem:

Renato Godinho, Assunção Dias

Assistência Geral:

Assunção Dias, Selma Meira

Assistente de Produção:

Catarina Oliveira

Gabinete de Produção:

Rosário Silva e Carlos Bernardo

Classificação etária: M/14

Duração: 80min